

Passado algum tempo recebi um e-mail da livraria comunicando a chegada de um livro de Carlos, que apesar de ter sido escrito em 1999, só apareceu por aqui neste ano. "Marina" tem apenas 192 páginas, o que faz com que seja um passatempo de praticamente um único dia, mas só o fato de ter um livro cheirando a novo nas mãos, ainda mais com esse autor, me empolgou pelo final de semana inteiro (ai gente, que nerd!).

A história passa-se em 1980, em que o protagonista Oscar Drai, um menino de 15 anos que vive num internato, passeia pela cidade de Barcelona (ah Barcelona...) atrás de alguma coisa interessante para fazer. Numa dessas escapulidas acaba conhecendo Marina em circunstâncias um tanto quanto esquisitas. Ela se torna sua companheira na busca por aventuras na cidade e acabam de fato encontrando mais do que deveriam.
Ela o leva para um cemitério antigo e lá reparam em uma senhora toda de preto coberta até o rosto, que levara uma rosa para um túmulo sem nome, onde havia apenas um símbolo de uma borboleta negra. Ao começar procurar entender o que aquilo significava, eles se envolvem em um mistério que começara 40 anos antes, cheio de romance, mistérios, dramas e sofrimentos. Ao mesmo tempo que Oscar percebe que lentamente se apaixonava por Marina, também descobria segredos dela e de sua família, irreparavelmente terríveis.
As marcas registradas de Carlos Ruiz Zafón já são bem definidas neste título: adolescentes curiosos e cheios de espírito de aventura, a cidade de Barcelona como pano de fundo, tragédias e fantasias que bem poderiam ser verdade e a necessidade que ele cria nos leitores de não parar de ler por um minuto até que se chegue ao final. Pra quem gosta de mistérios que envolvem situações que vão além da nossa compreensão, trajetórias incríveis com muita criatividade e eloquência, esse autor e seus títulos vão acabar sendo obrigatórios na sua cabeceira, assim como viraram para mim.
Espero que gostem!
Até a próxima!