Em relação aos hotéis, Paris é uma cidade cara, porém democrática, então você tem opção de ficar em hotéis de celebridades ou hostels econômicos. Como Paris é uma cidade com excelente malha metroviária, procure ficar em hotéis próximos ao metrô. Isso facilita muito o seu transporte por lá e é a melhor maneira de se locomover. Só preste atenção nos preços do bilhetes para cada região que ele alcança. Assim como Londres, em Paris você paga de acordo com a distância que precisará percorrer.
Selecionei alguns hotéis separados por preço:
Hotel maravilhoso, localizado na Champs-Elysées. Localizado em dois edifícios reformados dos séculos XVIII e XIX.
Fica na importante praça Vendôme, próximo ao Hotel Ritz. Fica numa mansão do século XVIII e tem uma linda vista de Paris.
Fica na margem esquerda do Rio Sena, a 1km da Torre Eiffel. Muito bem localizado por um preço justo. É o que mais recomendo!
Holliday Inn Republique - $$
Hotel de estilo Belle Epóque, no Bairro 11. Fica a 1,5km do Pompidou Center e da Operá de La Bastille.
Abaixo você encontrará um roteiro por área, disposto logicamente de acordo com cada região, começando pelo centro de Paris.
No Rio Sena há duas ilhas, das quais a mais importante é a Île de La Cité, que foi o coração da Paris medieval. Atravesse a Pont Neuf, ponte mais famosa e mais antiga de Paris que é a ligação para a Île de La Cité e começou a ser construída em 1578. Logo após há a Sainte Chapelle, Igreja de 1278 e muito importante para a arquitetura francesa, já que representa o periódo gótico. Além disso, nela estão guardadas algumas relíquias da era medieval. O Palais de Justice estará logo ao lado, é um palácio medieval anexado ao Conciergerie, antigo Palácio da Justiça, em que na ala norte, você poderá visitar a sala dos guardas e também a cela onde Maria Antonieta ficou presa. Do século XVI até a revolução francesa, o palácio foi o parlamento de Paris. Por fim chegará a Catedral Notre-Dame, de estilo gótico e é uma das mais famosas catedrais do mundo. Começou a ser construída em 1163 e na época da Revolução Francesa teve algumas imagens e esculturas destruídas, mas passou por restauração. Numa viagem à Paris, Notre-Dame é obrigatória!
A ilha de Saint Louis não tem tanta coisa pra ver, mas vale uma passadinha para ver as casas do século XVII.
Saindo dessa ilha, sugiro ir fazer um passeio a pé pela região, nos bairros que margeiam o Sena. Na margem esquerda encontrará os bairros de Saint-Germain Des-Prés e Quartier Latin. Comece com a Église Saint-Germain-des-Prés, que é nada menos que a igreja mais antiga de Paris, construída em 990. Continue pela Rue Bonaparte e chegará a Église Saint-Sulpice, que começou a ser construída em 1646. Mais um pouco adiante estará o Jardin de Luxembourg, que fica em volta do Palais de Luxembourg, sede do senado. É um parque lindo com um belo lago, diversas esculturas e a famosa Fontaine Médicis de 1630. É um dos lugares mais relaxantes e românticos da cidade-luz. Andando pela Rue Soufflot chegará ao famoso Panthéon, igreja concebida por Louis XV e concluída em 1789, foi dedicado três anos depois à memória dos grandes nomes da Revolução Francesa (Mirabeau, Voltaire, Marat e Rousseau) e virou oficialmente um mausoléu em 1885, quando recebeu as cinzas de Victor Hugo. Continuando pelo Blvd. Saint-Michel chegará ao Observatoire de Paris, observatório astronômico em funcionamento mais antigo do mundo, inaugurado em 1667. Continuando nessa mesma avenida encontrará o Catacombes, um antigo ossuário disposto em pedreiras entre 1786 e 1814. É um labirinto de corredores obscuros com crânios e fêmures de 6 milhões de parisienses. É de arrepiar até o último fio de cabelo!
Importante dizer que o Quartier-Latin é um bairro em que se concentram universidades, escolas de arte, lojas e restaurantes badalados. O ponto central é a universidade Sorbonne, que fica na Cité Internationale Universitaire, criada em 1925. O bairro é um local gostoso para passear tanto durante o dia quanto a noite. O Saint-Germain-des-Prés tem esse nome justamente por conta da igreja e foi reduto de grandes artistas e escritores após a segunda guerra mundial. Lá você vai encontrar muitos cafés, bistrôs e lojas de arte, roupas e acessórios. Sugiro uma paradinha no Café de Flore e a Brasserie Lipp.
Na margem direita do Rio, você estará no bairro de Marais. Foi reduto da nobreza até o final do século XIX e hoje mistura a história antiga da cidade com a modernidade de lojas descoladas, restaurantes e galerias. É um bairro com alta concentração de gays, mas também abriga muitos judeus (tem inclusive um museu dedicado à história do judaísmo). Você não pode deixar de visitar Hôtel de Ville, de 1535 porém com uma fachada neorrenascentista reformada em 1822. O Hôtel de Sully é uma das mais belas mansões particulares do bairro. O Les Halles é um centro comercial que mantém o enorme mercado municipal, a Fontaine des Innocentes e Igreja de Saint Eustache. Uma parada obrigatória para fãs de arte cubista e impressionista é o Muséé Picasso. Além disso, visite o Centre Georges-Pompidou, prédio moderno com uma estrutura de vidro, aço e plástico, onde concentram-se diversas atrações, como o museu de arte moderna e várias exposições, sem falar na bela vista que se têm de Paris a partir do 5º andar do edifício.
Continuando pela margem direita, você encontrará alguns ícones de Paris. Começando pelo Muséé du Louvre, cujo qual nem preciso falar muito, certo? São mais de 30 mil obras de arte neste que é o museu mais visitado do mundo. Para conseguir entrar é bom comprar seu ingresso antes, pois a fila fica enorme! Continue em frente e verá o Arc de Triomphe du Carrousel, não tão famoso quanto o outro arco, mas muito lindo! Logo em frente estará o Jardins des Tuileries que dá acesso à Place de la Concorde, projetada para Louis XV em 1754. A praça, além de importante cruzamento de ruas é um lugar maravilhoso. Lá está o obelisco de Lúxor. Este é o começo da Avenue Des Champs-Élysées, mas antes de chegar neste ponto, saindo do Museu do Louvre para a direita, dê uma passadinha no Palais-Royal, que foi residência do cardeal Richelieu e depois da família Orleáns e hoje é a sede do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e do Ministério de Cultura. Seguindo em alguns quarteirões em frente, encontrará a Place Vendôme, inaugurada em 1699. No centro há a Coluna Vendôme do século XIX, tributo ao general Napoleão Bonaparte. Atrás das fachadas estão diversas belas construções, inclusive o requintado Hotel Ritz.
Voltando à Champs-Elysées, do lado esquerdo encontrará o Petit Palais e o Grand Palais, construídos em 1900. O Petit abriga o Musée des Beaux-Arts de la Ville de Paris. O Grand tem vitrais maravilhosos, além de uma nave monumental. Continuando pela Champs-Elysées, passará por diversos restaurantes da moda e lojas grifadas. Aqui até o McDonald's é diferente, com molhos e saladas diferentes de todo o resto do mundo. Ao final da rua encontrará o Arc de Triomphe, emblema da era napoleônica, exibe obras de grandes escultores. Para chegar até ele, deverá usar uma passagem subterrânea.
Descendo pela Avenue Kléber, você chegará ao Trocaderó, que é uma grata surpresa, principalmente na primeira vez que se vai à Paris. Esta esplanada abriga alguns museus e há uma escadaria enorme que te leva a um mirante. De repente, lá está a Tour Eiffel, do outro lado do Rio Sena, esplêndida! Recomendo chegar um pouco antes do anoitecer, já que você terá a chance de ver a torre durante o dia e também quando ela for acesa. Durante os primeiros minutos as luzes piscam bastante para a alegria da multidão de turistas que lá se concentram. Como bom turista, não deixe de subir na torre, mas lembre-se que este é um dos lugares mais visitados do mundo e haverá fila para comprar os bilhetes. De qualquer forma, a vista que você terá de Paris vale a espera. Há alguns quarteirões de lá você chegará ao Les Invalides, erguido entre 1671 e 1676 no reinado de Louis XIV. Serviu como hospital para soldados feridos em guerra e hoje abriga as Igrejas de Saint-Louis e Dôme, além do túmulo de Napoleão I e alguns museus. O seu domo dourado pode ser visto de longe! Bem ao lado você encontrará o Musée Rodin, que fica na casa e ateliê do artista e algumas esculturas famosas ficam no jardim.
Para fazer o outro lado de Paris começamos pela Opéra Garnier, no 11º arrondissement. É um monumento do segundo império dedicado à arte, ao luxo e ao prazer. Mistura estilos neorrenascnetista e barroco. No interior há uma bela escada de mármore que se abre em dois lances e leva à sala dourada e vermelha sob um teto pintado por Chagall. Seguindo pela Rue La Fayette, famosa pela Galerie La Fayette, um lugar ótimo para se fazer compras. Logo ao lado encontrará as Passages Couverts, passagens de ferro e vidro. A primeira foi inaugurada em 1799, a segunda em 1846 e a terceira em 1847. Há uma tradição dos comerciantes nesta área, onde as vitrines parecem museus em miniatura com livros, brinquedos, máquinas de fotografia e de costura antigas. Seguindo em direção à Blvd Périphérique, chegará ao bairro de Montmartre, onde encontrará primeiramente a Place du Tertre, praça cheia de caricaturistas, retratistas, cafés e muitos turistas. Recomendo o café da manhã no bistrô Mére Catherine, aberto em 1793 (!!!!). A Église Saint-Pierre-de-Montmartre encontra-se seguindo pela Rue des Saules. É uma das igrejas mais antigas de Paris e tudo o que resta da Abbaye aux Dames de 1147. Seguindo em frente chegará a super ultra famosa Basilique du Sacré-Coeur, em estilo romano-bizantino construída entre 1875 e 1914. Ela é impressionante pelo tamanho e pela quantidade de degraus de sua escadaria. A vista da cidade é incrível e vale entrar na igreja, que tem entrada franca na parte térrea, porém infelizmente é proibido fotografar. Para descer você pode ir pelas escadas ou pegar um bondinho que é bem barato. Ali perto também há o Cimetière de MontMartre, em que vários artistas e personalidades francesas estão enterrados, entretando eu não gosto muito dessa coisa de visitar cemitério, então fico devendo a descrição.
Descendo pelo Blvd. de La Bastille chegará ao Rio Sena. Atravesse a Pont D'Austerlitz e chegará ao Jardin des Plantes, o primeiro jardim a se tornar público em Paris. Nele há também o Musée National D'Histoire Naturelle. Em seguida avistará o Institut du Monde Arabe, museu dedicado à arte e cultura das civilizações árabe e islâmica, cuja imigração é forte na França. Se gostar de cinema, vale a visita no La Cinémathèque Française, dentro do Parc de Bercy.
Se você tiver tempo, há um ponto longe do centro, que fica além da Bldv. Périphérique e é o local onde estão grande parte dos edifícios comerciais da cidade. La Défense é conhecida principalmente pelo Grande Arche.
Reserve também um dia para conhecer o Château de Versailles, que fica fora de Paris, na cidade vizinha de mesmo nome do Palácio. Foi construído entre 1660 e 1662, época em que Luís XIV, o Rei Sol, esteve no poder. É um dos maiores do mundo e um símbolo da monarquia absoluta. Para chegar até lá, pegue um trem e em sua estação terminal estará à três quarteirões do palácio. Tudo é impecavelmente conservado. Itens de mobília como camas, tronos, cadeiras, sofás e até lustres da época podem ser apreciados durante sua visita. O jardim por si só já é um belo atrativo, cheio de estátuas, vasos e fontes. Como ele é muito grande, você poderá pegar um trem com janelas de vidro para conhecer o parque todo.
Outra dica, os turistas que gastarem a partir de 170 Euros numa loja no mesmo dia (se você for de manhã e a tarde, pode juntar as notas que vale, mas em dias diferentes as compras não se somam), você tem direito ao Tax Free. Ninguém, absolutamente ninguém, avisa sobre isso. Depois de juntar as notas, você deverá se dirigir ao posto de Tax Free no aeroporto, mas eles só aceitam fazer o reembolso do imposto se você mostrar a eles as mercadorias. Então, antes de despachar as bagagens, separe suas compras e mostre para o agente e ai sim, maravilha maravilha!
Restaurantes:
Le Dauphin – Um dos
restaurantes mais disputados, é super moderno e aconchegante. É bom fazer
reserva com antecedência.
Na Rue Saint-Placide, bairro de Notre-Dame-des-Champs, próximo
ao metrô “Rennes”, há várias lojas com preço camarada. Tem vários brechós e
lojas estilo outlet. Tem que fuçar bastante nas lojas pra encontrar peças que
valham a pena, porque aqui vem de tudo um pouco. Mas tem muitas opções e o
preço é realmente bom.
Bom, acho que está bem completo! Se precisarem de dicas de clubs, restaurantes ou alguma outra coisa, é só mandar por email!
Restaurantes:

131, Avenue Parmentier – Ao lado da estação de metrô
“Goncourt”, bairro de Belleville, próximo ao centro de Paris.
Fauchon – É uma
pâtisserie super tradicional, está aberto desde 1886. A especialidade são os
doces estilo petit four, mas há um pequeno empório que você pode comprar
diversos tipos de geleia, biscoitos, fois gras, azeites, mostardas.. No andar
superior tem um restaurante, ideal para petiscar ou fazer um almoço rápido.
24-26 Place de La Madeleine – Ao lado da estação de metrô
“Madeleine”, bairro de Bonne-Nouvelle, à direita do Sena também próximo ao
centro.
Georges – Esse
restaurante fica no topo da galeria George Pompidou. Ele é
todo de vidro, tem uma vista incrível. Vale a visita na própria galeria, super
moderna e contrastante com a atmosfera neoclássica e renascentista de Paris.
19, Rue Beaubourg – Ao lado da estação de metrô “Rambuteau”,
bairro Saint-Avoye, a 8 quadras do Rio Sena, margem direita.
Chez Jeannette –
Autêntica comida francesa, num local frequentados por “vrai parisiennes”
(verdadeiros parisienes). Fica próximo ao teatro Atoine-Simone Berriau.
47 Rue du Faubourg Saint-Denis – Próximo à estação de metrô
“Château d’Eau”, no bairro de Porte Saint-Denis.
Terra Corsa – Lá você
encontra produtos da Córsega deliciosos, e o que é melhor, barato! A tábua de
frios sai em torno de 17 euros, é bem grande e tem vários tipos de embutidos e
queijos. Acompanha uma saladinha e um pão que só na França você encontra. Peça
uma taça do vinho da casa e voilá, vocês terão uma refeição maravilhosa.
42, rue des Martyrs – Próximo à estação Saint-Georges, no
bairro de Rochechouart.
Compras:

Qualquer farmácia em Paris tem uma infinidade de cremes,
sabonetes, águas termais e outros cosméticos que aqui custam uma pequena
fortuna. Se você gostar de marcas como La Roche-Posay, Róc, Avéne, etc, na
farmácia encontrará de tudo e com preços muito mais em conta que no Brasil.
Eu sou doida pela água termal da La Roche. Aqui, um pote médio custa em torno
de R$50, lá o maior custa em torno de 6 euros. É pra aproveitar mesmo!
O Outlet mais famoso de Paris chama-se La Vallé-Village. Parece um pouco com os Outlets
americanos, pois é aberto e tem diversas marcas. É um pouco longe, então caso
compras não seja o foco, não vale tanto a pena.
Perto da Gallerie La Fayette
(que por sinal vale a pena conhecer), há uma loja que tem no terceiro andar de
seu pequeno prédio um outlet de bolsas de luxo. Chama-se La Maroquinerie Parisienne, que fica no endereço: 30,
Rue Tronchet.
Au Printemps – É uma
galeria de lojas de departamentos, super antiga. Tem de tudo, desde marcas de
grife até marcas não conhecidas por bons preços. Também tem utensílios para
casa, decoração, etc. Muitas opções! Fica no 6, Blvd Haussman.
Espero que gostem!
Au revoir!!
Paris...perfeitamente detalhada em grande estilo!!!!! AMEI!! bjsss
ResponderExcluirTia Paula, que bom que gostou! Alguém super chique como você fazendo elogios aqui no blog é T-U-D-O!!! rs... Obrigada!! Beijos!!!
ExcluirParabéns pelo blog, seu relato muito bem detalhado, ótima fonte de informação para quem vai a Paris.
ResponderExcluirObrigada pela leitura! :)
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