sexta-feira, 21 de março de 2014

Meu querido AEJ ♥

Queridos leitores!

Hoje vou falar de uma prática bastante polêmica, o aeróbico em jejum, ou, para os mais chegados, AEJ.
Essa semana postei no meu facebook pessoal que, após um St. Patricks Day com direito a enfiada de pé na jaca legal, ia fazer atividade física em jejum e, sem surpresa, houve os que criticaram. Há os que defendem (como eu) e os que abominam, mas eu queria dizer apenas uma coisa: Não recrimine nada que você não conheça direito, mesmo sendo da área de educação física (treinando há tanto tempo como eu, posso te dizer que vejo abominações cometidas por personal trainers, educadores físicos, etc., sem contar que parece que tudo que sai do básico aprendido na faculdade é errado...vai com calma champs!). Além disso, eu gosto de seguir alguns esportistas que tenho como role model e ninguém menos que o professor Waldemar Guimarães aprova esse tipo de atividade. Mal pra quem se sinta ofendido, mas o cara é bom e ponto. E se você não sabe quem é ele, vai já pro site dele e devore suas matérias sem meias palavras, direto ao ponto! Bem do jeito que eu gosto.

Bom, o objetivo dessa matéria é explicar um pouco como funciona isso, porque não adianta você, bonitão sedentário, de um dia pro outro achar que está na hora de perder gordura e ir fazer aeróbico em jejum. Pra começar, você ainda não tem estrutura física pra isso, não conhece os limites do teu corpo e (provavelmente) se alimenta mal. Esse tipo de exercício eu acho válido pra quem já treina há algum tempo, de forma a ter um condicionamento físico bom e, além disso, saber a hora de parar.

Lembre-se também que uma boa noite de sono
contribui para resultados melhores!
O objetivo da atividade física em jejum é muito simples. Depois de passar algumas horas dormindo e sem se alimentar, o estoque de glicogênio dos teus músculos está quase zero. O que é glicogênio? É um polissacarídeo que funciona como principal reserva de energia das células animais. Isso significa que, se o seu estoque estiver quase zerado e você exigir que seu corpo gaste energia, ele vai ter que, inteligentemente, procurar outra fonte. Onde será que ele vai buscar??? Na GORDURA! Mas isso só acontece se você souber como fazer a atividade e não se empolgar na perda da maldita, senão o máximo que vai conseguir é perder massa muscular e ainda de quebra dar uma desmaiadinha no parque (se tiver uns seguranças que nem os do metrô de São Paulo, pelo que ouvi dizer, até pode ser uma boa idéia...rs).

Então, como obter bons resultados com o AEJ? Importante dizer que sua alimentação durante o resto do tempo deve ser bem feita e não muito restritiva. Se você estiver fazendo uma dieta com uma grande restrição de carboidratos, poderá se sentir um pouco mais fraco (principalmente nos primeiros dias da restrição). Para que não haja problemas fazendo esse treino, é melhor esperar estar mais adaptado (uma ou duas semanas). Importante também dizer que, com a restrição de carbo, a ingestão de gordura (sim, gordura!) que vai manter suas funções metabólicas. Se estiver comendo uma quantidade média de carboidratos (não se entupindo de biscoitos, bolos, sorvetes e sim, arroz integral, macarrão integral, etc.), pode fazer o AEJ no dia seguinte. Acorde e espere meia hora pra começar o exercício, enquanto isso beba de dois a três copos de água. O jejum pode ser importante, mas a água JAMAIS deve ser esquecida, nem antes e nem durante o treino. Eu gosto de tomar um termogênico (uso o ladyslim, que além de tudo tem óleo de cártamo que é uma gordura boa), porque a cafeína estimula o metabolismo e também inibe um pouco o apetite, e também tomo BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada, já explicados no post sobre suplementos - leia aqui), pra preservar a massa magra.

Faça um café da manhã saudável,
com carbo, proteína e gordura boa
Moro pertinho do Parque Villa Lobos, então vou andando até lá e faço uma caminhada em ritmo forte ou
um trote leve, com duração entre 40 e 50 minutos. Não adianta querer melhorar o resultado com a intensidade nesse caso, o que estamos fazendo aqui é utilizando a inteligência do seu corpo pra maximizar os resultados. Se você aumentar a intensidade do treino vai passar mal e/ou perder massa muscular ao invés de gordura. Terminado o exercício, volto pra casa e espero meia hora pra fazer meu café da manhã. Por que? Mesmo depois que você já parou a atividade física, seu corpo ainda está em termogênese, ou seja, queimando gordura. Se você ingerir alguma coisa, principalmente carboidrato, esse processo é diminuído ou interrompido.

Atenção!! Comece aos poucos para ir conhecendo os limites do seu corpo e vá aumentando caso não se sinta mal. Eu sempre tenho, por precaução, uma barrinha de cereais. Caso me sinta mal por hipoglicemia, é só parar de fazer o exercício e comer, tudo volta ao normal. Por isso falo de conhecer seu corpo, tem gente que se dá super bem (eu!!) e gente que não consegue fazer isso. Se você tem algum problema de pressão (principalmente baixa), acho que não é uma boa. Enfim, é tudo uma questão de testar e ver como se sai. Comece com 15 ou 20 minutos e vá aumentando, de acordo com seus limites.

Pra concluir, quero lembrar que esta atividade não melhora sua capacidade aeróbica, ou seja, não promove ganhos cardiorrespiratórios, portanto é importante que continue fazendo exercícios aeróbicos de média ou alta intensidade, estando alimentado é claro, em outro horário. Não esqueça também da musculação hein!

Bom treino e até a próxima!!

sábado, 8 de março de 2014

Detox pós Carnaval

Hello leitores!

Se você, como eu, enfiou o pé na jaca no carnaval, aqui vai encontrar uma dietinha rápida pra voltar ao normal! Provavelmente você só comeu porcaria, em horários nada regrados, além da bebida alcoólica que incha (retenção de líquido) e ainda ajuda a ganhar quilinhos nada desejados.

Toda vez que eu faço isso, volto me sentindo um búfalo. Claro que só de parar de beber todos os dias insanamente já ajuda muito a desinchar, mas um detox será bem vindo para colocar seu organismo nos eixos novamente. Essa dieta eu faço por duas semanas.

Uma coisa importante é o famoso suco verde. Ele tem propriedades desintoxicantes que ajudam a eliminar a retenção de líquido, além de terem ingredientes termogênicos que vão acelerar seu metabolismo. O suco deve ser tomado pela manhã, assim que acordar e, se possível, esperar 30 minutos para tomar o café da manhã.

O interessante do suco é que você pode variar alguns ingredientes pra não ficar sempre na mesma. Segue a receita:

Dois tipos de folhas escuras: Pode escolher entre couve, espinafre, rúcula e agrião. Uma dica é triturar no processador e congelar em forminhas de gelo. Assim dá pra ir usando aos poucos e as vitaminas e propriedades das folhas serão mantidas. Além disso você pode adicionar hortelã, que deixa o suco refrescante!

Dois tipos de frutas: Maça, abacaxi, limão, laranja, ameixa, amora, morango e cereja. O ideal é combinar duas frutas de tipos diferentes. As vermelhas são ricas em antioxidantes, as cítricas em vitamina C, as amarelas vitaminas A e do complexo B.

Dois tipos de legumes: Pepino (mais indicado por ser diurético e fonte de fibras), aipo e abóbora.

Um tipo de broto: Broto de alfafa ou de feijão. Facilitam a digestão!

Um tipo de semente: Linhaça, Chia ou Quinua em flocos.

Ingrediente termogênico: Gengibre

Líquido: Água filtrada, Chá Branco (termogênico) ou Água de Coco (hidratante).

O meu eu preparo com couve, espinafre, hortelã, limão e abacaxi, pepino, linhaça, gengibre e água de coco.

Depois de 30 minutos faça um café da manhã leve, que pode ser duas torradas integrais ou uma fatia de pão integral com ricota, cottage ou requeijão zero gordura... ou ainda iogurte zero gordura com um cereal integral e sem açúcar.

Tente diminuir a ingestão de carboidratos por duas semanas... se você treina (espero que sim!), faça ingestão de carbos somente no pré e pós treino, além do café da manhã. No almoço coma muitas proteínas magras, verduras e legumes e deixe as frutas só pro suco verde, já que contém frutose que é outro tipo de carbo. No jantar, economize ainda mais, comendo omelete com uma clara e um ovo inteiro e legumes como abóbora, aspargos, tomate.. pode ainda colocar mussarela de búfala e verduras pra acompanhar.

Eu também sugiro a redução drástica do sal. Eu já faço isso sempre, como muito pouco sal na minha dieta do dia-a-dia, mas se você está acostumado a comer mais, vá reduzindo aos poucos. E isso não vale só para essa dieta detox, e sim para a vida toda! O sal retém muito líquido.

Doces, frituras, refrigerantes e bebidas alcoólicas nem pensar! Se bater aquela vontade de doce, faça uma mistura com gelatina diet zero e iogurte zero gordura. Fica uma delícia e ajuda a saciar.

Bom detox pra vocês! Até a próxima.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Liberdade

Caros leitores,

Hoje venho fazer a resenha de um livro que acabo de teminar. "Liberdade" de Jonathan Franzen, é um livro
que, apesar deste título, fala das inúmeras formas de amar, de ser amado, de tentar amar, de saber que ama, de não saber. Testa o tempo todo nosso conceito de liberdade e aonde esse desejo pode nos levar. Além disso, é uma profunda crítica a sociedade americana atual.

O livro começa um pouco confuso, com tantas informações e nomes ao mesmo tempo, que é preciso parar e voltar de vez em quando. Confesso que as primeiras cem páginas do total de seiscentas, foram bem difíceis. Geralmente logo que pego um livro, se me interesso de cara o devoro em poucos dias. As primeiras páginas deste romance foram bem complicadas e me davam um sono absurdo, tanto que demorei alguns dias pra chegar à pagina 100. Mas, de repente, quando você não espera, se vê envolvido nos dramas das personagens que aos poucos vão sendo esmiuçadas com maestria pelo autor, querendo voltar pra o livro sempre que possível.

A história é contada de várias formas, pela visão de todos que estão envolvidos. Patty, uma ex-atleta de basquete, casada com Walter, descendente de suecos com uma benevolência ímpar, melhor amigo de Richard, músico que alça os vôos da fama ao mesmo tempo que foge dela. Os três se conhecem no final da década de 70 na Universidade de Minessota, quando Patty ainda é uma estrela nas quadras, Walter um estudante de direito esquisitão e Richard o garanhão incorrigível, com seu rock e seu jeito grosseiro. Suas vidas a partir de então se entrelaçam em romances, amizade, lealdade e também traições, delineando o destino de cada um deles de forma peculiar.

No começo do século XXI, o conceito de liberdade as vezes pode ser confundido, ele próprio, com fuga de problemas e ainda maior aprisionamento. O autor desenrola pouco a pouco o drama familiar do casal que se conhecera na faculdade, os erros deles próprios, de seus pais e de seus filhos. Aos poucos vamos conhecendo melhor as características de cada um deles, mesmo aquelas que mais gostariam de esconder ou evitar. É um drama da sociedade moderna, da pressão sobre rótulos e conquistas, da omissão em relação aos outros e ao próprio planeta e onde queremos chegar buscando sempre mais e mais.

É um romance denso, que vai te levar aos caminhos tortuosos da psique de cidadãos que poderiam muito bem ser eu ou você, fazendo com que nós mesmos possamos repensar nossos caminhos e motivações. Não é um livro simples e nem fácil, muitas vezes confuso e com mensagens subliminares, mas pode ser um título a agregar à sua vida simplesmente por nos fazer questionar o conceito de liberdade, as formas infinitas de amor, fidelidade e lealdade. É uma história que mostra, sem rodeios ou meias palavras, como podemos ser tantos em um só, e como as vezes fugimos de nós mesmos em busca de uma liberdade que não existe.

Leia e aventure-se! Até a próxima.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Especial de Carnaval


Opa! O Carnaval está chegando e muita gente nao decidiu ainda o que fazer. Bom, ainda bem que só tem uma vez por ano, porque dois ninguém ia aguentar... Resolvi falar de duas cidades onde passei, talvez possa te ajudar a escolher!

Sendo assim, vamos lá:

Rio de Janeiro


A cidade maravilhosa tem um carnaval esplêndido, de longe um dos que mais me diverti. No Rio o que é bacana são os blocos de rua. Tem desde os enormes do tipo Cordão do Bola Preta em que você vai andando pela cidade junto com mais 2 milhões de pessoas (tradicionalíssimo, mas é muito lotado então não recomendo), o Bangalafumenga, o Sargento Pimenta (inspirado nas músicas dos Beatles) e o Orquestra Voadora que também são imensos e no Aterro, outros grandes no Leblon (Corre atrás é um dos mais conhecidos) até os bloquinhos menores de bairro, no Humaitá, Jardim Botânico, Baixo Gávea (os melhores, o "Me beija que sou cineasta da quarta-feira de cinzas é top) com menos pessoas e músicas mais tradicionais. Nessa época do ano sempre sai um app para android e iphone com todos os bloquinhos, horários de saída, localização e etc.

Em relação à estadia, eu prefiro ficar no Flamengo ou Botafogo. Copacabana vira um mar de gente e acaba sendo muito caro por ser perto da praia, mas sinceramente, praia mesmo você não vai ver, até porque fica muito cheio e sujo, portanto difícil curtir assim. Flamengo e Botafogo são super bem localizados, perto de metrô e fácil acesso, além do que, se ficar no Flamengo vai poder ir a pé nos blocos grandes que ficam no aterro, facilitando muito a ida e a volta. Aproveite e dê uma paradinha no Belmonte pra comer o melhor pastel de camarão com catupiry ever!

Fantasia não é obrigatório, mas
certamente é mais legal!
Você vai passar o dia inteiro de bloco em bloco e o legal do Rio é que todo mundo sai às ruas
fantasiado. Isso mesmo! Nem que seja só um enfeite na cabeça ou uma máscara de carnaval veneziano, as ruas são tomadas por foliões de todas as idades com fantasias das mais divertidas (cheguei a ver cachorros e gatos fantasiados também..). Teve um ano que eu fui de marinheira, mas pra ser sincera, a quantidade de roupa era muita pro sol e calor que fazia lá. Por isso no segundo dia já coloquei um biquíni embaixo e ficava só com a saia do vestido na maior parte do tempo. No ano passado fui de Policial e usar o cap ajudou muito a me proteger do sol, como fez um pouco menos de calor, ficar com a roupa inteira foi tranquilo.

O importante é entrar no clima. Nem preciso dizer que o fato de andar pra cima e pra baixo o dia todo requer um sapato confortável, de preferência um tênis ou sapatilha que você não goste mais tanto, pra bater mesmo!! Se você for à Sapucaí, até dá pra encarar um saltinho, mas é complicado também porque você tem que andar bastante até chegar a entrada (principalmente se for o acesso aos camarotes e às frisas) no meio da favela que tem um terreno não muito convidativo. Além disso, o transporte basicamente será feito de ônibus, metrô ou a pé mesmo. A cidade fica o caos de trânsito e andar de carro durante o dia é ruim e de táxi pode ficar caro já que vai ficar um bom tempo parado.

Só um detalhe, NÃO recomendo ir à Lapa. Apesar de ultra tradicional, fica lotada de gente bizarra, muito fedido e cheio de lixo, bares caros e sem estrutura pra tanta gente e segurança comprometida. Se você quiser um tempo do carnaval tradicional, no Rio também com certeza terá opções alternativas, como Fatboy Slim e outras atrações de eletrônico..todo ano tem alguma coisa diferente. Tem também várias festas legais a noite como o "Fica Comigo", "Zé pretim" e "M.I.S.S.A".

O que eu gosto do Rio também é que você pode ficar mais tranquilo se quiser. De qualquer forma, como falei, nessa época do ano é muito ruim pegar praia no Leblon, Ipanema, Copacabana (lotado e muito sujo), portanto se quiser ficar mais tranquilo um dia, vá para a Barra, ali no Pepê, ou ainda pro Recreio e Joatinga. Lá você pode descansar e aproveitar a praia numa boa. 

Diamantina


Os tradicionais carnavais de rua de Minas Gerais acontecem principalmente em Ouro Preto e Diamantina. Ouro Preto tem os blocos que saem pela cidade e em Diamantina há uma praça principal no mercado velho onde são montadas as estruturas para que os blocos da cidade se apresentem. O detalhe é que lá há infinitas subidas e descidas, é muito cansativo! Mais do que apenas uma sapatilha, o ideal é ter um tênis mesmo para não cansar muito, até porque boa parte da ruas são forradas de paralelepípedos, então se chover, além de tudo fica escorregadio.

Diamantina é longe, mas muito divertido!
Lá você não precisa comprar o abadá para curtir as apresentações, mas os blocos tem tanto pista (com
6 horas de open bar) quanto o camarote (10 horas de open bar). Os blocos são nas ruas mesmo e muito pouca gente vai fantasiada (exceto alguns apetrechos aqui e ali), a menos que seja um bloco específico disso. Apesar de ser mais tranquilo que Salvador, também não dê sopa com celular e dinheiro.

Em Diamantina foi muito tranquilo, levei uma bolsinha pequena a tiracolo e me senti segura o tempo todo. Comprei o camarote só porque tinha banheiro (lá tem alguns lugares com banheiro que você paga pra usar, mas o do camarote estava sempre limpo e com papel higiênico) e também lugar pra sentar. O camarote, como eu disse, também tem 10 horas de open bar, mas eu achei desnecessário no meu caso, considerando que não bebia nada do que eles serviam. Tomava uma caipirinha com leite condensado da barraquinha de um cara que era o capeta! Ah, que dias bons..rs..

Achei o carnaval de lá muito divertido e engraçado, não vi brigas... há dois grupos tradicionais de lá que se apresentam todos os dias. Você pode ficar em pousadas ou repúblicas no centro, pertinho de onde é feita a festa, mas eu particularmente não recomendo. Você vai andar menos, mas em compensação também não vai dormir. A música é praticamente non stop! Quando parar a música de carnaval você ficará escutando a música eletrônica pesadíssima do Bar do Titi, onde o pessoal vai pro after (se for, recomendo ir de óculos escuros porque o negócio lá é feio! rs). Como eu já to numa certa idade hahaha, resolvi pegar um hotel, que era mais longe e tal, mas pelo menos a hora que eu quisesse tinha sossego.

A cidade é muito longe, são quase 900km de São Paulo. Você pode ir de ônibus daqui ou pegar um avião até Belo Horizonte e de lá ir de ônibus. Recomendo muito essa segunda opção, porque ônibus direto de São Paulo são umas 15 horas, e boa parte deles é open bar na ida. Jesus!! É cansativo. De qualquer forma, é um carnaval muito animado, vale a pena!!

Bom carnaval!!!!!

Até a próxima.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Escolhido

Leitores,

Hoje venho falar de um livro que terminei de ler há pouco. O Escolhido, do autor Sam Bourne (que na
verdade é um pseudônimo de um escritor inglês), que ficou famoso pelo livro "O código dos justos", é um livro sobre teorias da conspiração na política americana.

A história fica centralizada basicamente em Maggie Costello, assessora do Conselho Nacional de Segurança na Casa Branca. Maggie comete um erro banal e acaba sendo demitida de seu cargo, mas justamente nesta epóca o recém eleito presidente dos Estados Unidos, Sthepen Baker, começa a sofrer uma série de ataques que podem acabar com sua carreira. Ela foi uma das pessoas a ajudá-lo chegar nesta posição, desde quando ainda era um homem quase que desconhecido, tendo nascido em uma pequena cidade no estado de Washington.

O presidente a recruta junto com seu assessor de maior confiança, Stuart Goldstein, para descobrirem quem é o que quer Vic Forbes, um homem até então desconhecido que vai a público denunciar Baker por supostas irregularidades na campanha e em sua vida pessoal. Maggie já é uma workaholic e sabe que abdicou de sua vida pessoal para conseguir eleger aquele homem, mas sua paixão pelo trabalho e vontade de fazer as coisas do jeito certo, fazem com que entre ainda mais de cabeça nesta história, dedicando noite e dia na busca por respostas.

Sem saber muito bem o que procura, acaba encontrando evidências de todos os tipos, conspirações que remontam o início da República dos Estados Unidos e segredos que, se forem revelados, podem ser catastróficos. Ela se envolve em uma rede de mentiras e verdades articuladas, arrisca a própria vida e teme por aqueles que ama, mesmo os tendo tão distantes.

Me pergunto se de uma certa forma este livro não foi escrito com um fundo de verdade... é uma leitura bastante dinâmica, compulsiva, que vai te prender até o final. Algumas respostas ficam no ar, mas acredito que essa tenha mesmo sido a intenção do autor.. nos deixar perguntas...

Convido-os para uma leitura interessante e cheia de surpresas!

Até a próxima!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A ignorância da generalização



Caros leitores, como vão?

Final de ano chegando e eu aqui sem muita inspiração...mas ai esta semana vi alguns posts no Facebook e resolvi dar uma pequena contribuição para o tema, como sempre. Hoje vou falar um pouco sobre como a generalização e rótulos podem nos cegar, fazer perder até coisas interessantes só pelo fato de não entendermos aquilo direto. Não entendeu nada ainda, né? Eu explico.

O mundo está chato. Chato pra cacete. As redes sociais vieram para que sejamos criaturas interativas e aparece muita coisa bacana, muitas coisas que talvez eu não ficasse sabendo se não visse no Facebook ou no Twitter. Adoro textos de alguns amigos, me surpreendo positivamente com muita gente, mas é claro, também tem muita bobagem e muita gente falando coisas sem noção. A parte boa de tudo isso é que me ajuda inclusive a selecionar minhas companhias na vida não virtual, quando você sai do computador ou do celular e cai em jantares, almoços, bares e afins.

A questão é que vejo muita generalização das pessoas e rótulos de coisas que não me parecem muito saudáveis. Se fechar para o mundo porque você acha que uma pessoa que faz determinada coisa é necessariamente de um jeito não faz muito sentido. Gente que gosta muito de academia (me incluo nisso) não necessariamente só pensa nisso ou faz um culto exagerado ao corpo. Gente que trabalha muito não necessariamente só pensa em dinheiro. Gente que gosta de uma cerveja e um torresminho, não necessariamente ta se lascando pra saúde. Enfim, acho que estamos muito chatos e rotulando todo mundo a toa, perdendo o essencial. Vamos nos conhecer mais a fundo, e ai quem sabe tirar nossas conclusões.

Não adianta generalizar as coisas. Assim você se aliena ainda mais. Eu odeio Big Brother por exemplo, mas gente que assiste não necessariamente é um completo idiota rs... outro dia me contaram que uma das pessoas mais inteligentes que essa pessoa conhecia adorava assistir o programa pelo simples fato de que o dia dele já era tão cheio de problemas que quando ele chegava em casa gostava de não pensar em absolutamente nada. E o que melhor para pensar em nada que um programa sobre o nada? Faz sentido.

O negócio de falar mal de quem faz academia inclusive me fere diretamente. Veja só, tem um milhão de pessoas que só pensam nisso e fazem realmente um culto exagerado ao corpo e esquecem que, assim como o resto, o cérebro também deve ser exercitado. Mas o fato de eu querer estar em dia com meu corpo, me preocupar com a minha saúde e fazer questão de manter hábitos saudáveis e rotinas de treino, não me faz uma acéfala. A diferença é que eu gosto tanto de mim, que além de querer ter cultura, conhecimento e coisas a agregar, procuro fazer com que a embalagem de tudo isso também esteja de acordo. E qual o problema disso? Olhar pra quem faz isso e de cara dizer que não se pode conciliar as duas coisas me cheira a recalque.

As aparências não querem dizer nada sobre ninguém...

Odeio qualquer tipo de generalização porque elas são burras, excluem fatos importantes e assumem que tudo é ceteris paribus, ou seja, constante. Não é bem por ai. Nem todo jornalista é parcial, nem toda mídia serve para alienar, nem todo padre é santo, nem todo homem mente, nem toda mulher é romântica, enfim, tudo é muito subjetivo e você só vai conseguir saber como a pessoa é, se lhe der chances de mostrar as suas facetas. E digo isso no plural porque podemos ser diversos em um só, aliás isso só deixa tudo mais interessante!

Gostar de uma música A ou B não te faz menos ou mais inteligente. Depende da hora, do lugar, das companhias e do que você busca. Música clássica no bar? Não rola. Saber ou não de artes, também não te faz melhor ou pior que ninguém. Me irrita gente que quer o tempo todo se vangloriar de algumas culturas adquiridas que as vezes são até superficiais. Mas novamente, não se deve rotular ninguém com base em informações vagas.

Inclusive, acho que saber se comportar ou lidar com pessoas de todos os tipos é muito importante pra nossa vida. Tem pessoas que são incríveis companheiras de bar, mas dificilmente te acompanhariam numa vernissage de apresentação de um novo artista plástico. Tem gente que é super inteligente e pode te agregar muito naquilo que sabe, mas não vai te acompanhar nas festas no final de semana. Ter só gente igual a você no seu círculo de amizades também não vai ajudar grandes coisas. O bacana é a diversidade, é a mistura...isso vai te fazer inclusive um ser humano mais completo, que vai saber se posicionar e se comunicar bem com qualquer tipo de pessoa, em qualquer lugar.


A conclusão da matéria de hoje é simples. Se deixem levar. Se deixem surpreender. Aprendam um pouco com o que as pessoas estão dizendo, mesmo que por um momento pareça que não faz sentido algum. Olhe um pouco além dos esteriótipos e aproveite o que há por trás dos rótulos.

Um excelente 2014 pra vocês leitores!!

Até a próxima.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Pela liberação dos sem-religião

Queridos leitores! Hoje vim falar de um assunto um tanto quanto polêmico. A maior parte das pessoas que me pergunta qual religião eu sigo se surpreende com a resposta de que não tenho nenhuma. E por que deveria ter?

Eu sou uma pessoa que acredita em várias coisas, mas também não acredito em outras tantas. Sou bastante cética e geralmente tento racionalizar quase tudo, o que às vezes pode ser um erro, mas foi a forma que escolhi de viver. A questão prática deste tema pra mim é que a religião é uma forma de doutrinar as pessoas de acordo com os moldes que são requeridos, e eu não gosto de absolutamente nada que me prenda ou que me dite regras do que fazer ou não fazer. Se fosse só por conceitos de ética e moral, um pouco de bom senso e uma boa criação de pai e mãe seriam já suficientes. O que me incomoda é estar preso a alguns conceitos de vida, sendo que durante toda nossa existência continuamos a aprender coisas novas, todos os dias. Por que dizer então que sou católica ou evangélica ou budista ou judia ou qualquer outra coisa? Cada uma destas tem o que se aproveitar, porém muito também o que se jogar fora. Eu prefiro adotar tudo que acho válido e praticá-los, do que pertencer somente a uma linha de pensamento e levar a ferro e a fogo.

As histórias geralmente são muito bonitinhas, do amor ao próximo e do que se deve fazer para buscar o paraíso. Essa é outra que não me pega. Qual seria o sentido de viver aqui temente a Deus para depois aproveitar as maravilhas de um paraíso? Vou te contar, paraíso e inferno estão bem aqui. Assim como ninguém é 100% bom ou mau, também não existe um lugar ou uma vida totalmente sem percalços. Além disso, também não concordo com frequentar templos e igrejas para poder sentir-se bem e em cumprimento de tuas obrigações. Se Deus é onipresente, porque preciso ir até algum lugar para poder falar com Ele? Na verdade, na minha visão, falar com Deus é olhar pra dentro, é enxergar além de si próprio e conseguir julgar se seus atos estão de acordo com os conceitos que acredita.  

De nada adianta subjugar-se a este Deus sem cumprir com as obrigações mais simplórias aqui na Terra. Acredito muito em troca de energia, que justifica algumas coisas como, por exemplo, aquele colega de trabalho que é super pessimista e acaba não atraindo nada de bom para ele ou à sua volta.  Ou ainda, quando você é cercado de amigos que lhe querem bem, o quanto isso te renova. Acredito que fazer o bem, e este conceito é bastante amplo, é o que vai também te trazer coisas boas e serenidade. Acho muito difícil alguém que faz mais mal do que bem aos outros, dormir totalmente tranquilo. Como sabem, de nada adianta ir à missa no domingo e passar uma semana inteira maltratando os outros. De nada adianta pregar valores bíblicos e não conseguir ser digna deste mesmo tratamento.

Desde criança sempre gostei de tudo que era místico. Já fui a umbanda, cartomantes, joguei búzios, li mapas astrais, assisti cerimoniais luteranos, tomei passe no centro espírita, fui pesquisar a origem do catolicismo, me identifiquei com a Wicca e também estudei teologia. Tudo isso me provou que todas elas têm algo a nos acrescentar e podem inspirar bastante. O que me deixa revoltada (mesmo) é a demonização de alguma delas por outra e, ainda pior, o fanatismo. Quer me irritar é gente tocando a campainha de manhã para trazer a palavra de Deus para dentro da minha casa. Esse povo não tem mais o que fazer não? Melhor passar esse tempo fazendo algum tipo de caridade do que tentando catequizar desconhecidos. Não vou nem entrar no mérito dos canais evangélicos, seus dízimos e outras aberrações, pois isso é a prova de que a religião pode ser usada de forma errônea, enriquecendo os fundadores e deixando os seguidores ainda mais alienados.

Se for pesquisar na história as atrocidades cometidas em nome de Deus ou uma religião, vai achar inúmeros atos de envergonhar a história da humanidade. Não se pode levar nada tão a sério a ponto de matar e morrer por tal. Os conceitos são só nossos e só nós sabemos o que nos faz bem ou não. Não tenho nada contra quem é religioso e pratica aquilo por sentir-se realizado, mas o meu ponto aqui é que religião nada mais é do que um rótulo de alguém que quer sentir-se bem quisto por estar sob determinada doutrina. Quando era criança achava legal falar que era católica, pelo fato de ter aprendido na escola de freiras (que frequentei até os 8 anos), que isso era coisa de gente que queria ser boa. Pois é, foram as mesmas freiras que próximo ao Natal me contaram que Papai Noel não existe. Legal é tirar a fantasia de uma criança né? Depois também fui descobrir que alguns pais doavam determinadas quantias à fundação da escola e seus filhos tinham melhor tratamento. Engraçado né? Colocar o terço em volta do pescoço não te faz acima do bem e do mal. Depois quando já era adolescente, entrei numa fase mais rebelde e tinha um excelente professor de história que nos contava sobre as barbaridades que foram feitas pela igreja católica. A partir de então, passei a menosprezar tal religião, mas hoje enxergo nela algumas qualidades. Só não consigo crer que é necessário ter um templo tão luxuoso e cheio de ouro, enquanto pregam o fim da pobreza. A hipocrisia das religiões é o que mais me incomoda. Nessa época comecei a pesquisar por outras religiões, me identificando bastante com aquelas que priorizassem mais a natureza e a boa energia. Hoje sou um mix de tudo que aprendi.

Outra coisa que me incomoda é o fato de conquistas terrenas serem colocadas em nome de Deus. Ora, se você lutou, batalhou e conquistou, esse mérito é todo seu. De nada adianta fazer pedidos se você não levantar e se mexer. Como disse, Deus para mim está dentro de nós, o tempo todo. Ele não é uma figura, ou um ente supremo que castiga e beneficia seres humanos de acordo com as atitudes. Só nós mesmos sabemos do que somos capazes, de nossa história, aquilo de que nos orgulhamos e do que gostaríamos de apagar. Só nós somos capazes de mudar a própria trajetória e de se arrepender de erros e buscar melhorar. Só nós sabemos as dificuldades que passamos e também as coisas boas que aparecem.  Só nós somos capazes de conseguir perdoar verdadeiramente e saber que isso passou ou ainda, que por fora somos uma coisa e por dentro outra. A nossa consciência é o verdadeiro Deus. Preciso dar um nome pra isso? Acredito que não.


Até a próxima!